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Alimentos ultraprocessados causam ingestão calórica excessiva e ganho de peso!

Atualizado: 16 de mai. de 2019



O alimentos ultraprocessados geralmente incluem listas longas de ingredientes e aditivos, como aromatizantes, corantes, açúcares adicionados, estabilizadores, conservantes e muito mais. O objetivo desses alimentos ultraprocessados é a conveniência. Muitos estão prontos para comer, requerem muito pouca preparação para serem palatáveis e têm baixo custo.

A lista é muito extensa, mas os principais são: refrigerantes, salgadinhos, biscoitos, sorvetes, macarrão instantâneos, chocolates, barras energéticas, embutidos, entre outros.


Os alimentos ultraprocessados são problemáticos de 4 maneiras:

1. Primeiro, eles são muito ricos em gorduras saturadas e/ou trans, açúcar, sódio, substâncias artificiais (corantes e aromatizantes), além de serem muito pobres em vitaminas, minerais, antioxidantes e fibras. 

2. Em segundo lugar, eles tendem a ser calóricos, prontamente disponíveis, muitas vezes superdimensionados e comercializados em grandes quantidades.

3. Terceiro, como são desenvolvidos para serem hiperpalatáveis, desregula nossos mecanismos normais de apetite, fome e saciedade. Consequentemente, há uma tendência ao supra-consumo.

4. Quarto, existe um marketing muito agressivo da indústria alimentar e muitas vezes as táticas podem ser antiéticas, fazendo alegações enganosas de produtos, os apresentando como “saudáveis”. O que é pior, eles direcionam seu marketing mais especificamente para as crianças.


Muitos estudos observacionais já concluíram uma relação entre o consumo deste tipo de alimento com obesidade, alguns tipos de câncer e risco de morte.


Entretanto um estudo recente (2019) muito bem conduzido verificou a relação de causa e efeito com o consumo de ultraprocessados no aumento da ingestão energética e ganho de peso.


Liderado pelo renomado Kevin Hall, a pesquisa distribuiu aleatoriamente 20 adultos para receber alimentos ultraprocessados ​​ou alimentos não processados por 2 semanas cada intervenção. Eles podiam comer a quantidade que quisessem. O estudo foi rigorosamente controlado pois os indivíduos estavam vivendo no NIH Clinical Center.


No final das duas semanas, as pessoas que comem alimentos ultraprocessados aumentaram sua ingestão energética em quase 500kcal/dia e ​​ganharam aproximadamente 1kg em 2 semanas. Já as pessoas que comeram alimentos não processados ​​perderam 1kg em 2 semanas .


Uma solução de equilíbrio e bom senso sãos as orientações do guia alimentar para a população brasileira que sugere aumentarmos o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e limitar alimentos processados e evitar os utraprocessados. Não precisa eliminar caso você goste, mas usar com frequência baixa, em momentos específicos.



Referências:


Louzada ML, Martins AP, Canella DS et al. (2015) Ultra-processed foods and the nutritional dietary profile in Brazil. Rev Saude Publica 49, 38.


Hall, K.D. Ultra-processed diets cause excess calorie intake and weight gain: A one-month inpatient randomized controlled trial of ad libitum food intake. 2019.


Monteiro, C., Moubarac, J., Levy, R., Canella, D., Louzada, M., & Cannon, G. (2018).


Household availability of ultra-processed foods and obesity in nineteen European countries. Public Health Nutrition, 21(1), 18-26. 

 

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